quinta-feira, 22 de julho de 2010

Super Bock Super Rock 2010: Dia 17.



Holly Miranda apresenta-se em palco com a sua banda e com bastante electricidade. Não se tendo livrado por completo das comparações com Chan Marshall, ao vivo é bastante evidente que os seus temas funcionam bastante bem despidos dos arranjos (talvez um pouco excessivos) do disco. Arriscando-se em covers encadeadas no alinhamento, foram poucos os temas a que tive oportunidade de assistir. Contudo, ouvir o tema "Joints" já fez, quanto a mim, valer a vinda da cantautora a território nacional.



Passa pouco das 21h e sobe ao palco principal Julian Casablancas (conhecido enquanto vocalista dos geracionais The Strokes) para apresentar o seu álbum a solo. Na fila da frente um cartaz pedia-lhe que trouxesse os seus amigos dos The Strokes e, ao assistir à sua actuação, percebe-se bem porquê. Se o seu disco se trata de um produto absolutamente descartável, ao vivo os temas não melhoram. Nem as investidas nas músicas da banda nova-iorquina ou em músicas natalícias salvam a sua performance de ser extremamente penosa. A desilusão do festival está encontrada.



Quem se segue são os Hot Chip. A apresentar One Life Stand, um disco extremamente recomendável, a electropop da banda britânica nada deve aos registos de estúdio, antes pelo contrário. De uma energia dançável absolutamente contagiante, a prestação foi uma das mais alegres e agitadas a que se assistiu no Meco: Alexis Taylor desdobra a sua aparência nerd em danças e percussões, e o público não fica minimamente indiferente. A passagem por temas como "Over and Over", "Thieves in the Night" ou "One Life Stand" conduzem um alinhamento irrepreensível que culmina numa reinvenção de um dos maiores êxitos comerciais da banda: "Ready for the Floor". O palco está aquecido para o regresso de um dos maiores fenómenos de 2008.



É com "Holiday" que se inicia um percurso bastante completo pelos dois discos de Vampire Weekend. Ao vivo, e mesmo tratando-se de um álbum que necessite de alguma maturação que só o tempo se pode encarregar de trazer, os temas de Contra recebem ovações quase tão entusiásticas como os do primeiro álbum. É com "Cousins" que se levanta a primeira nuvem densa de pó, intensificando-se em "A-Punk" (ainda um dos temas mais urgentes e com maior apelo energético da banda), com "Run" enquanto ligação. Ouvir o público do Meco a gritar em uníssono "Blake's got a new face!" foi claramente um dos momentos mais memoráveis da actuação, onde "Campus" se comprova como uma das composições mais fortes ouvida nos três dias de festival. O final com "Horchata", "Mansard Roof" e a excelente "Walcott" (a última nuvem de pó do dia) dificilmente poderia ser mais certeiro.

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