domingo, 7 de março de 2010

Sundown



Há cinco anos atrás, começavam a surgir as primeiras teorias que tentavam catalogar de forma muito simplista e redutora os fenómenos que timidamente se iam começando a manifestar na Ilha de "LOST". Uma destas, a mais preguiçosa e pretensiosa diria eu, tratava-se de explicar que os sobreviventes do vôo 815 da Oceanic se encontravam no Purgatório e estavam a ser sujeitos a desafios que iriam ditar o seu destino na eternidade. Bem, se quisermos ver as coisas por um buraco na caixa e não assistir ao cenário fora dela, isto era bastante plausível. Contudo, desde cedo que Damon Lindelof descartou essa ideia, afirmando que o que se passava na Ilha era bastante real e físico para os seus peões. Daí que as audiências tenham descido consideravelmente quando começaram a ser jogadas cartas que apontavam em direcções mais desafiantes e, bem, inteligentes.

Isto tudo para constatar que a ideia do "Purgatório" não está tão longe da realidade como isso, passados cinco anos e alguns meses desde a primeira exibição do episódio-piloto. Na verdade, tudo se resigna novamente a julgamentos morais e à escolha de lados mais ou menos maus. Prova maior disso é o final do episódio da semana passada, "Sundown", em que uma encarnação mais ou menos física do Mal faz a sua aparição e respectivos julgamentos acerca da vontade dos habitantes do ecrã. Afinal estivémos sempre no Purgatório, ainda que isto ganhe uma dimensão mais universal quando começamos a constatar que não é a vida eterna que se avizinha, mas antes o Presente. Ouch.

0 comentários:

Enviar um comentário

 
Copyright 2009 a esperança é essa coisa com penas. Powered by Blogger Blogger Templates create by Deluxe Templates. WP by Masterplan